A Revolução como Obra de Arte [Nós Não Estamos Algures], postal, impressão offset, 15 × 10.5 cm, 1977. © Isabel Alves Colóquio Centenário de Ernesto de Sousa
Biblioteca de Arte da Fundação Calouste Gulbenkian, dia 2 de Junho de 2021, co-organização BA FCG e IHA - NOVA FCSH (Projecto PIM), em articulação com o Museu Calouste Gulbenkian. Chamada de comunicações A 18 de Abril de 2021 cumpre-se o centenário do nascimento de Ernesto de Sousa, que desde os anos quarenta do século XX até ao seu falecimento, a 6 de Outubro de 1988, teve um papel fundamental nas artes em Portugal e marcou as gerações de artistas que vieram a trabalhar depois do 25 de Abril. Para assinalar o seu centenário, o Museu Calouste Gulbenkian apresentará a obra mixed-media de Ernesto de Sousa Luiz Vaz 73 no Grande Auditório, em colaboração com o Serviço de Música. Em paralelo e em articulação com esta programação, a Biblioteca de Arte organiza com o Instituto de História da Arte da NOVA FCSH o Colóquio Centenário Ernesto de Sousa no dia 2 de Junho. Desdobrando-se por várias actividades e interesses, anti-especialista por escolha e vocação, Ernesto de Sousa destacou-se na realização e na crítica de cinema, no cineclubismo, na fotografia, no estudo da arte popular, na crítica de arte, no teatro, e depois no cinema experimental, no happening, na performance, no movimento Fluxus e sua introdução em Portugal, na arte multimédia, e, ao mesmo tempo, na promoção de encontros entre artistas, e entre artistas e públicos (ficou famosa a sua sessão de projecção de slides da Documenta de Kassel que visitou em 1972). Colaborou em diversas publicações, foi autor de livros, dirigiu revistas, teorizou uma versão heterodoxa de neo-realismo, e mais tarde de arte experimental. Nos vários caminhos criativos que percorreu, Ernesto de Sousa defendeu sempre o derrube de fronteiras entre arte e vida, e em Bertolt Brecht, Joseph Beuys, Wolf Vostell, Almada Negreiros ou Rosa Ramalho e Franklin Vilas-Boas Neto elegeu as suas figuras tutelares. Acarinhou um conjunto de artistas fundamentais do pós-25 de Abril, foi curador de exposições e de eventos artísticos colectivos, fez várias exposições individuais e concebeu a Alternativa Zero em 1977, exposição-acontecimento, que marcou a arte portuguesa contemporânea. Comissariou a representação portuguesa na Bienal de Veneza três vezes, participando numa obra colectiva com Ana Hatherly, João Vieira, Ernesto de Melo e Castro e António Sena (1980), e depois escolhendo Helena Almeida (1982) e José Barrias (1984). O Colóquio Centenário de Ernesto de Sousa pretende evocar o crítico, realizador, teórico, operador estético, para promover a discussão e partilha dos estudos mais recentes sobre o seu trabalho e a sua importância no contexto da arte contemporânea. Apelam a propostas de comunicações de 20 minutos sobre Ernesto de Sousa que abordem um ou mais dos seguintes temas a ele associados: - crítica de arte, crítica de cinema - etnografia e arte popular - história da escultura em Portugal - fotografia - neo-realismo - arte experimental, arte Fluxus - cinema neo-realista, cinema experimental - teatro, happening, performance, instalação - cineclubismo - curadoria - vanguarda e neo-vanguarda - mail-art - mixed-media - redes artísticas - arte e revolução Os resumos das propostas de comunicação deverão ter um máximo de 300 palavras e deverão ser acompanhados da identificação dos proponentes incluindo: - Nome; - Afiliação institucional; - Contacto de e-mail e telefone (se possível); - Pequena nota biográfica de, no máximo, 4/5 linhas. As propostas poderão ser enviadas para [email protected] até dia 8 de Março de 2021 (prolongado até 31 de Março!). Até dia 15 de Abril de 2021 serão anunciadas as propostas seleccionadas. O colóquio será filmado e as gravações serão parcialmente disponibilizadas online. Haverá uma selecção (mediante revisão por pares) das comunicações apresentadas para publicar num número especial da revista do Instituto de História da Arte (série W), a ser lançado no final de 2021. Comissão organizadora Ana Barata, BA FCG Mariana Pinto dos Santos, IHA – NOVA FCSH, co-IR Projecto PIM Comissão científica (por ordem alfabética) Afonso Ramos, IHA – NOVA FCSH Ana Barata, Biblioteca de Arte da Fundação Calouste Gulbenkian Isabel Alves, CEMES Mariana Pinto dos Santos, IHA – NOVA FCSH Ricardo Nicolau, Museu de Serralves Rita Fabiana, Museu Calouste Gulbenkian
0 Comments
O IHA acolhe no grupo de investigação Art Theory, Historiography and Criticism (ArtTHC) Lola Visglerio Gómez, uma jovem historiadora da arte, doutoranda da Universidad Autónoma de Madrid, que está a desenvolver a sua investigação sobre as identidades e imaginários da arte contemporânea na Andaluzia entre 1970 e 1992. Durante esta estadia de investigação, associada ao projeto PIM – Modernismos Ibéricos, sob a supervisão da IR Joana Cunha Leal, Lola V. Gómez irá desenvolver um plano de trabalhos que visa compreender os paralelismos e conexões entre os processos de construção de imaginários de modernidade e de identidade nacional através da cultura visual ocorridos no contexto ditatorial em Portugal e Espanha. O seu acolhimento no IHA vai ainda permitir-lhe conhecer as metodologias de investigação promovidas no seio do projeto PIM, nomeadamente no respeitante às relações entre os imaginários do passado, a herança do folclore (com destaque nas políticas conservadoras do regime de Franco e de Salazar) e a sua incorporação contraditória nos imaginários da ‘modernidade’. | Lola Visglerio Gómez is visiting researcher at the Art History Institute, in the Research Group Art Theory, Historiography and Criticism and directly associated with the PIM Project, under the supervision of the PIM coordinator Joana Cunha Leal. She is a predoctoral fellow at the Universidad Autónoma de Madrid (Spain). Her doctoral research centers on identities and imaginaries in contemporary art in Andalucía between 1970 and 1992. She holds a bachelor’s degree in Fine Arts, a bachelor’s degree in History of Art (both from the Universidad de Sevilla) and a Master’s degree in Contemporary Art History and Visual Culture (Universidad Autónoma de Madrid, Universidad Complutense de Madrid and Reina Sofía Museum). She is member of the research project The publics of contemporary arts and visual culture in Spain. New forms of collective artistic experience since the 1960s (PID2019-105800GB-I00), directed by Noemi de Haro García and Patricia Mayayo Bost. Her areas of research include visual culture and the relationship between art and politics in contemporary Spain. |